quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Como a flor...

Olá...


Há muito não tenho vindo ao blog. Não foi por escassez do que  escrever. Não! A todo instante, meus pensamentos, como a máquina mais célere, enchiam até minh´alma, tanta a abundância. Os motivos foram outros, que me deixaram afastadas daqui.

 Ainda que à luz do pensamento, conduzia minha vida  apalpando na noite, e, como ébrios,  desatinado era o meu caminho. Como se, de repente, as águas de um rio, por longo tempo retidas, tivessem sido soltas sobre mim, afogando-me, sem qualquer defesa.

Quantos foram os momentos, que se tornavam eternos,  que me  perguntei  sobre as  culpas e pecados, quiçá herança de minha mocidade?  Mas que herança será  essa, que não  encontro, embora incansável a busca,  quando memorizo cada cena desse tempo nem tão longínquo?

Uma mocidade mais cheia de  proibições, do que mesmo de liberdade para ter cometido tantas transgressões. Seria eu, então, como  a flor, que  nasce e impressiona,  mas depois murcha e, como sombra, desaparece?

Quem me dera que  recebesse notificações pelas minhas transgressões! Talvez, assim, eu pudesse compreender  esses dias cinzentos.

Sei bem que meus dias estão determinados. Comigo está o número  que  limita o meu tempo, e não passarei além dele.  Como pó, serei afogada pelas águas que transbordarem daquele imenso rio, por tanto retidas.




Rio Negro/Manaus-Amazonas/Brasil



Chama Mamãe