domingo, 14 de dezembro de 2014

Domingo chuvoso, mas gostoso.

Olás...

Este domingo amanheceu prometendo ser quente. Ledo engano. Calor amenizou e logo nuvens pesadas e escuras pairavam no céu.

Fiquei à espera do que a Natureza iria decidir sobre este Domingo. E nem esperei muito. A chuva logo se fez presente batendo nas folhagens das árvores do meu quintal. Fixei-me nestas imagens.

Sempre reflito por que a chuva tanto me atrai. E, ainda mais assim, desse jeito, sem obrigações alguma!

Dias atrás, no trabalho, olhei, pelo vidro da janela, a chuva que caia mansinha. Disse à colega: " Interessante, mas olhar a chuva caindo me atrai mais do que ver o sol, pela janela". 

As plantas balançam, parece que bailam. Se não ainda muito forte, pássaros correm e saltitam pela relva molhada, ou, como artistas de circo, pulam de um lugar a outro, numa rapidez e destreza sem igual.

Encanto-me.

Agora, neste Domingo, a cena se repete, com a vantagem de que é em minha casa. Fico paralisada, para que os passarinhos não se assustem e voem para longe. No fundo, são personagens  de um cenário, cujo roteiro é o meu quintal. 

Quando a chuva diminuiu, fui vivenciar essa maravilha mais de perto. Não sei se consegui registrar, à altura, as cenas que meus sentimentos tentam descrever. Talvez somente eu as entenda. Sim, somente eu, talvez.

Aquele pé de acerola, ali, tem uma história bonita e antiga. Trazido pelas minhas filhas para ser plantado em nosso quintal. Ele cresceu com elas. Os pássaros cuidam de germinar, e outros tantos pés nascem.


Já foi podado muitas vezes. Dói-me fazer-lhe "feridas", mas sempre foi para o seu bem. Em retribuição, fica mais florido, mais verde... mais agradecido.


A chuva parece lavar-lhe a alma. Mas as plantas têm alma? Pode ser que exista alguma relação no plano etérico. Independente disso, vejo a "alma" das plantas quando com elas "converso".


Também enxergo seus "olhos". Sei que me vigiam por entre os arbustos. Sei exatamente as cores que seus olhos têm. E fitam-me.


O espaço é dividido com outras fruteiras. Mangas abraçam-se, esperando o momento que alguém virá "buscá-las". Pode ser que sejam os pássaros, pode ser que seja eu. Seja quem for... elas se entregam. Estão ali, disponíveis, sem algum egoísmo... doam-se!

A chuva é uma benção. Enquanto digito, ela ficou mais forte. O clima melhorou. Pássaros, mesmo assim, cantam  (creio mesmo que estão como eu, fascinados com o cair da chuva, regando o solo e satisfazendo a "sede" desses personagens da Natureza).


Meu Domingo está sendo maravilhoso. Do jeito que gosto.

Não. Minto. Refaço-me do que há segundos dissera! 

Meu domingo estaria bem melhor...se...para ilustrar esta matéria... eu não tivesse a prova - nas mãos - de que o Homem é uma besta-fera. 

Pata de uma onça, abatida.
Guardo-a para lembrar que existem troféus sem causa,sem glória.



Chuva parando... só ouço canto de pássaros, agora. Céu coberto, quase afirmando que ainda irá chover. 

Resisto a sair de casa, neste Domingo. Nele, só quero o meu bem-querer.

Mamãe Coruja


4 comentários:

  1. Eu gosto tanto do quintal da mamãe. :)

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    1. Linda... da minha vida.
      Já foi melhor, com mais fruteiras... e muito peixe e churrasco assados nesse espaço.
      Mas os espaços moldam-se,à medida que também vamos nos moldando... a eles.
      Importante é que não percamos a essência.

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