quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Os bebês e o cenário de demência mencionado por Shakespeare



 Olás...


É comum citarmos frases de pessoas, como de filósofos, romancistas, escritores em geral, cientistas, ou de grandes personagens da História. Essas frases acabam se firmando e sendo citadas, de geração em geração, como absolutas.

De William Shakespeare, por exemplo, são muitas as frases comumente transcritas em discursos, trabalhos acadêmicos, peças de teatro e em tantos outros meios. Particularmente, ouso discordar de algumas.  

As frases ditas levaram em conta, no meu entendimento empírico, o estado de espírito, o grau de discernimento, o humor e o meio ambiente no qual o indivíduo – autor das frases – estava sujeito àquele momento. É o mesmo que uma pessoa bilionária dizer, por exemplo: "Levo a vida que pedi a Deus”. Já uma pessoa desprovida de qualquer situação financeira irá dizer: “Seja o que Deus quiser”. 

Na frase “choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes”, considerando o conceito de demência como sendo a perda ou redução progressiva das capacidades cognitivas (ato ou processo da aquisição do conhecimento), Shekaspeare está a afirmar que temos todos um tanto (ou tudo) de demência. As pessoas, em sua maioria, ao contrário do que disse o poeta e dramaturgo inglês, são capazes, sim, de uma vivência sadia. O choro, até cogito pensar na hipótese, pode ser causado por esse “impacto” entre o “mundo” no qual ficamos por 9 meses (ou menos, nos partos prematuros) e o Mundo para o qual viemos, totalmente distintos, em todas as suas concepções.  

Mas o choro dos bebês não quer transmitir algo mais forte, como dor? E por que não admitirmos, que alguns métodos adotados para o nascimento não é uma provação dolorosa? Por que não refletirmos sobre o fato de que os sentidos do recém-nascido são violados de todas as formas, daí a dor, daí o choro? 

Dias desses assisti a uma matéria, na TV,  sobre partos feitos na água. Surpreendente a expressão de bebês sorridentes, o que tem  reforçado a impressão de que o nascimento pode ser prazeroso e que não é regra que o bebê, com o nascimento, adentre neste “imenso cenário de dementes”.

Mamãe Coruja

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