domingo, 21 de fevereiro de 2016

Por acaso, fui feliz!





Por acaso, 
Em alguns momentos sou feliz.
Ao acordar vejo-me inteira,  
Em fina transparência...
Privilegiada em apreciar os primeiros raios de sol
Teimosamente me bronzeiam pelas frestas da janela.

Por acaso, 
Em alguns instantes fui feliz.
Lembranças de uma infância querida,
Brincadeira inocente, acalentava a vida,
Que ainda nem sabia,  
Mais tarde,  seria fugaz.

Por um bom tempo fui feliz...
Amei –te por inteiro, apaixonada.
Uma paixão desenfreada,
Tornava-me  capaz
De garimpar, para ti, todo o ouro do Sol.
Trazer-te a Lua prateada
E fazer da noite tua aurora orvalhada...
Sem comedidas forças,
Colorir as estrelas para enfeitar o teu Céu.

As borboletas, voltejando as flores, 
Testemunharam o tanto do pouco ...
Em que fui feliz.


Sakuntala, também conhecida como Vertumnus e Pomona (1888),
é um marco na trajetória de Camille Claudel.
A escultura é inspirada no conto do poeta hindu Kalidasa.
Retrata o momento do reencontro de Sakuntala e seu marido,
após um longo período de separação causado por um feitiço.


Mamãe Coruja

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Desatando nós...

Às vezes fujo de ti
Muito menos das vezes
Nas quais sumi de mim mesma,
Que foram tantas
E nem perceberas...

Andei longos caminhos,
Levando nos pés a minha saudade
Como calçados, cansados,
De enfrentar tantas pedras
E o peso, largo enfado,
Da tua ausência...
Enganosa paixão.

Desfiz minhas malas
Tantas vezes,
Para me fixar em ti
Colar minha pele na tua...
Um linho, com delicada frescura,
Entre ardentes desejos,
Cobrir.

Engano desejo disfarçado!
O que sempre tivera ao meu lado
Estava no outro extremo
N´outro lugar,
Difícil alcance
Custoso chegar.

Desatei teus nós tantas vezes.
Para nos fazermos amantes
Amarrei minha vida em um barbante
Entrelacei-me a ti,
E fiquei a esperar.
Que essa fuga cessasse em instante
Que fosse dalguém,
Não a minha...

Que se danem esses nós...!

Sim. Disse-te para dançarmos,
Gritarmos, cantarmos, rezarmos
ou escrevermos...
Porque tudo isso pensávamos acontecer.
Teus versos, agora,
Longe do meu alcance,
Mas ainda te peço que dances...
A melodia que eclodiu do eco,
Quando teu nome gritei.
Quanto a mim,
Seguirei na noite calma
Desatando os nós,
Que em ti deixei.


Arquivo pessoal
Foto:Chama Mamãe



Mamãe Coruja

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Dor Imperfeita

Olás...


Flora existente no meu local de trabalho



Já não como,
Não bebo
Não durmo
Sequer faço planos
Pra hoje e pra mais.
Até minh´alma de mim foi banida
E esta ferida,
Não cicatriza jamais,
Por te amar demais.
É por ti,
Que eu me faço inconstante
Estou perto e distante
De ti...
Amor.



Mamãe Coruja

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Museu do Seringal

 





 Olás...













Museu do Seringal (Vila Paraíso/Amazonas/Brasil) atrai visitantes desejosos em conhecer de perto o modo de ser e viver do homem do seringal. Inaugurado há quase 15 anos, o Museu mostra a era do ouro do Ciclo da Borracha e oferece uma ampla visão da situação dos seringais àquela época.

Resultado do polo de cinema do Amazonas, foi originalmente criado para servir de set de filmagens do seriado “A Selva”, filme de longa metragem luso-hispano-brasileiro, dirigido por Leonel Vieira, em 2002. É uma adaptação do romance A Selva, do escritor português Ferreira de Castro, que retrata suas experiências durante a sua permanência no Brasil.

Ferreira de Castro emigrou para o Brasil aos 12 anos,  onde viria a publicar o seu primeiro romance Criminoso por ambição, em 1916. Viveu por quatro anos no seringal Paraíso, em plena selva amazônica, junto à margem do rio Madeira.

Museu do Seringal retoma um passado histórico caracterizando a economia e a sociedade amazonense no início do século XX. É um museu diferente, a começar pelo jeito de chegar até ele. Não existem ruas nem estradas por perto. Apenas água e floresta cercam a construção de madeira nas margens do rio Negro, há meia hora de barco de Manaus. 

Além de um passeio de barco para ver de perto o encontro das águas, alimentar os botos e visitar os jardins de vitórias-régias,  algumas lanchas  que fazem a rota das comunidades também passam pelo Museu do Seringal. 


Mamãe Coruja