domingo, 9 de fevereiro de 2014

Divagações...

Olás...


Desde há  muito,  mas muito  tempo,  tenho  uma  enorme  simpatia   e empatia com  a  leitura. E esse  gosto, em particular, sempre me levou aos livros, revistas ou artigos  com  bons conteúdos, que pudessem acrescentar alguma  lição positiva em  minha  vida.  Tenho  absoluta  certeza:  foi isso que  me impulsionou a fazer  dois  cursos de nível  superior: Direito e Comunicação Social, na área de Jornalismo.

Sempre que posso, faço  um SEIRI -  uma das etapas do Programa 5S - em minha vida. Seiri significa UTILIZAÇÃO, separar o necessário do desnecessário, de forma a eliminar do espaço o que for  inútil (qualquer espaço: vida pessoal e/ou profissional).

Penso que todos  nós deveríamos, um dia,  fazer um "descarte", ver o que precisamos manter ... ou jogar  fora. Pois bem, eu costumo  praticar essa metodologia. O acúmulo de coisas desnecessárias  atraem poeira, concentração de bactérias, além de ocuparem  espaços que poderiam ser ocupados  por objetos  mais úteis no nosso dia a dia.

Como adoro a leitura, desde muito menina já tinha interesse por  livros. Quis embutir essa ideia  também nos filhos. Vez em quando,  sem esperar datas especiais, presenteava-os com livros. Na faculdade, passei a "consumir"  todas as dicas  de leituras dos meus mestres, e assim pude conhecer pensamentos inovadores, minha mente se abriu, um horizonte de conhecimento foi surgindo... e a avidez por novos nunca estagnou.

Tenho um certo chamego  pelo meus livros. Assumo! Mas aprendi que conhecimento na prateleira... de nada serve. É quando entra em ação o SEIRI. Mas JAMAIS  jogo um  livro  no lixo.  Isso  deveria ser um crime!

Tenho um amigo que faz um trabalho  voluntário, e sempre que posso doo "carradas"  de livros para a biblioteca que ele ajuda a manter, em uma  comunidade carente. Mas no lixo não  jogo!!!

Ainda ontem, fiz um "descarte"  de alguns códigos. Os chamados "códigos secos", sem serem comentados. Sempre folheio antes de doá-los, para  verificar se dentro das páginas  não está algo  que me interesse, como um documento, uma informação etc.

Tenho como  hábito escrever algumas frases em uma das primeiras folhas de um livro. Um pensamento  meu, criado naquele momento, conforme a inspiração  que  vinha.  Também  poderia ser uma dedicatória -  isso sempre fazia quando presenteava alguém com esse tesouro -  o livro.

Foi assim que vi, em dois códigos utilizados  no Curso de Direito, o que escrevera àquela altura. No Código Civil Brasileiro estava assim: "Aos  filhos e aos que virão. Talvez  não precise estudar outra Ciência. Talvez fosse melhor ficar parada, vendo o  mundo passar. Mas o que seria do conhecimento científico se pessoas, outrora, não se dispusessem aos desafios que hoje passo a enfrentar? Vale a pena, sim. Nem que seja para compreender o que antes não compreendia".

Em outro livro, Teoria Geral do Estado, eu escrevera: "Antes do Direito jurídico, procure avaliar o direito natural, que entendo ser o direito espiritual. É dele que vem as leis  do coração e da alma, que deverão, antes de tudo, prevalecer para o  julgamento de uma causa, julgamento do  indivíduo".

Também   encontrei escrito no meu Código Penal  uma frase -  devo tê-la  lido ainda adolescente, mas nunca a esqueci. A frase foi "tatuada" em minha mente àquela  época, porque acredito nela. A frase  não é minha, mas de Gonçalves Dias. Na verdade, é parte de uma de suas frases: "...A vida é combate, que os  fracos abate, que os fortes e os bravos só pode exaltar!".

Tenho centenas de frases, poemas, versos e outros sem classificação literária. Foram escritas por mim, advindas do meu coração, da minha mente, de como estava o meu estado de espírito no momento que elas foram "criadas".  Quando vou reler essas posições...divagações  (que sejam!), eu fico pasma. Parece que alguém "ditou"  aquilo  para mim, espiritualmente. É como se eu ficasse fora do meu corpo, por instantes,  para alguém se apossar da minha mente e escrever tantas preciosidades. Mas logo também reflito assim: o bom do  hábito da leitura é que nós andamos por mundos jamais imaginados. Nós mesmos criamos esses e outros mundos. O gosto pela busca do conhecimento é mesmo a maior relíquia que o Homem tem em sua  vida. Acredite! Há compensações positivas no mundo atual, sem dúvida que a facilidade com que podemos ter acesso ao conhecimento é uma delas. Portanto, há sempre um lugar onde podemos buscar o conhecimento.

Até podemos  assistir aos piores programas da TV Brasileira,  mas nada de mal nos contagiará, porque teremos as nossas ideias, a nossa postura e saberemos  distinguir o útil do inútil, o bom do mau, o bem do mal. Saberemos  o que é  melhor para nossas vidas. Doutro modo,  valho-me de um importante aviso de São Tomás de Aquino:  “cuidado com o homem de um livro só.”. Cuidado com as distorções de quem sabe manipular as ideias, com uma perversa superficialidade. 

Procure ler bons livros e saberá do que estou  falando.

Mamãe Coruja

12 comentários:

  1. Muito interessante!
    Um abraço de Portugal

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    1. Obrigada pelo abraço. Retribuo-o mandando-lhe um abraço bem carinhoso deste imenso Brasil, em especial deste grandioso Estado do Amazonas.

      Eu Amo o Rio Amazonas!

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    2. E pelo que eu posso ver em documentários... ler em livros, jornais e revistas... ouvir de amigos que já visitaram a Amazónia, é mesmo merecedor de muito Amor.

      (só não é nada amoroso termos que digitar códigos para podermos comentar. Se depois aprova os comentários, por que não desactiva essa opção dos códigos?)

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    3. De fato (e não de facto rss).....tens razão. É preciso se provar que não somos robôs.Um absurdo!

      Ainda ando às turras com essa ferramenta.....para isso preciso do feed back, como o seu,ok?

      Aproveita a Copa e vem assistir ao Jogo de tua seleção. A foto do perfil é a Arena da Amazônia, uma das sedes dos Jogos.

      Até.

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    4. Obrigada, mas a minha Copa é 34C :O)

      Para desactivar esses códigos, vá a Blogger > Definições > Mensagens e comentários > Mostrar confirmação de palavras e seleccionar "Não"

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  2. Pronto! Feito, conforme São Rosas recomendou. Vês? Nem sempre rosas têm a conotação de espinhos.
    Obrigada!

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    1. Espinhos não tenho mesmo. De vez em quando engulo é uma espinha, quando como peixe ;O)
      Mas continua a pedir digitação de palavras...

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  3. Mas que.....por.....a! Eu testei e não pede. Vou pedir a um "filho" para me salvar.

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    1. Para desactivar esses códigos, vá a Blogger > Definições > Mensagens e comentários > Mostrar confirmação de palavras e seleccionar "Não".
      Mas não se esqueça de fazer "guardar".

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  4. Adoooroooo peixe. Nossos rios são fartos deles, ainda. Peixes de água doce. Quisera muitos tivessem esse privilégio: fartura!
    Agradeço-lhe. Gostaria de retribuir mandando-lhe algo daqui, um artesanato feito pelos índios, um sabonete de capim-santo ou arruda, da Harmonia Nativa, um peixe assado na folha da bananeira... e um abraço.

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