Olás...
Um projeto que nos dá imenso orgulho, em meio a tanto lamaçal que acontece na Política. Mostra que a parceria dá resultados positivos, bastando saber gerenciar os recursos financeiros destinados a grandiosos e fantásticos projetos, como esse.
"No topo da selva"
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http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2015/03/1596678-cientistas-constroem-torre-maior-do-que-a-eiffel-no-meio-da-amazonia.shtml |
"Estrutura mais alta da América do Sul não é um arranha-céu, e também não é uma antena de comunicação, mas uma nova
torre de pesquisa climática em um ponto isolado no meio da Amazônia.
Com 325 metros - um a mais que a torre Eiffel-, ficou pronta, em janeiro,
no meio da Floresta Amazônica, a torre do projeto ATTO (Amazon Tall
Tower Observatory), em São Sebastião do Uatumã (AM), que servirá para
estudar a interação entre a mata e o clima.
A torre é basicamente um espigão preso por cabos, instalados numa área
156 km ao norte de Manaus, sem nenhum centro urbano perto. De lá,
seguindo para o norte, até o Atlântico, só existe mata.
A torre terá instrumentos em diferentes alturas para medir a
concentração de gás carbônico, metano, óxido nitroso, ozônio e outros
gases, além de estudar o fluxo de vapor d'água e de aerossóis
(partículas sólidas e líquidas em suspensão), importantes na formação de
nuvens.
Com instrumentos para medir força e direção do vento, os cientistas
também buscam entender o papel da floresta no transporte de grandes
massas de ar pela América do Sul.
Estimado em R$ 20 milhões, o projeto foi 50% bancado por verbas federais
da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) captadas pelo Inpa
(Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia).
A outra metade veio da Alemanha, pelo MPIC (Instituto Max Planck de
Química). A Universidade Estadual do Amazonas (UEA) abriu a estrada do
rio Uatumã até o sítio do projeto. O traçado de 13 km já existia, aberto
há três décadas por exploradores ilegais de pau-rosa (madeira usada na
fabricação de perfume), mas foi preciso restaurá-lo, a um custo de R$
1,8 milhão.
A logística de construir o ATTO não foi simples. A torre foi feita pela
San Engenharia, de Curitiba, e segmentos de seis metros de altura foram
transportados de caminhão e balsa do Paraná até a floresta, por 4.000
km. Uma vez lá, a torre foi montada no chão e depois foi içada.
"No começo foi difícil içar a torre com guincho, porque queimou muito
motor", diz o técnico Mário Haracemko. "O desafio maior foi por os cabos
dos estaios [sustentação], porque não podíamos derrubar nenhuma árvore.
Só podar ramos para passar os cabos."
TAPETE VERDE
A reportagem da Folha subiu os 108 lances de escada que levam ao
topo da torre. O elevador não estava disponível. No alto, a vista da
floresta se estende até o horizonte em todas as direções, e o rio Uatumã
é a única coisa que se vê além do tapete verde separando a terra do
céu. A 325 metros de altura, as árvores maiores, de 45 metros, parecem
ramos de brócolis.
Mas não é só pela vista que os cientistas decidiram investir na torre. O
LBA (Experimento de Grande Escala da Biosfera e Atmosfera na Amazônia),
projeto do qual o ATTO faz parte, discutia a necessidade de uma
estrutura assim desde o fim da década de 1980. Em 2007, os alemães
chegaram com a proposta.
"O LBA possui outras torres, com alturas entre 50 m e 80 m, que são
capazes de monitorar fenômenos de interação entre floresta e atmosfera
num raio de 10 km", diz o físico Paulo Artaxo, da USP, que ajudou a
articular o projeto. "O ATTO será capaz de fazer isso num raio de 1.000
km."
Esse incremento permitirá agora dados representativos da Amazônia inteira, que tem 3.000 km de leste a oeste.
A torre foi inaugurada em fevereiro ainda sem instrumentos. A Folha
presenciou a instalação do único dispositivo elétrico ligado até agora:
uma lâmpada de segurança no topo para alertar aviões. Ao longo deste
ano, serão instalados os aparelhos científicos.
"Queremos colocar a torre para funcionar uns 30 anos, no mínimo, e
acompanhar os impactos da mudança climática na floresta", diz Antônio
Manzi, pesquisador do Inpa.
O alemão Christopher Pöhlker, do MPIC, que opera uma torre secundária do
ATTO, de 80 metros, lembra que "num lugar assim, sempre há coisas que
dão errado". Ele é um dos responsáveis por ter "ideias criativas para
consertá-las".
Coisas inesperadas são, por exemplo, quedas de árvores. Uma já destruiu
um transformador de energia. Mais raramente, há encontros com animais.
"Um dia desses tivemos uma onça na nossa frente."
Eu já tive oportunidade de vislumbrar um tapete verde de uma torre - não tão alta como esta - em meio à Floresta. Em um campo experimental, mata adentro, existia uma torre da qual se via uma imensidão de verde. Era assustador, porque o vento parece que vai derrubar a torre por cima daquela imensidão. As pernas tremem desesperadamente.
ResponderExcluirAcho que vem daí o meu trauma de alturas, assim, no meio do nada.
Vamos aguardar. Esperemos, também, que não seja somente mais um projeto que não lhe deem a devida importância; também que não seja mais uma ferramenta para "biopirataria".
Uma torre ao serviço de estudos cientificos, cujos benificios terão sido bem estudados.
ResponderExcluirCurioso o metro a mais que a Eiffel. Terá a sua justificação!
É bom passar aqui pela amazónia!
Olá, Dom! Espero que tenhas apreciado o "passeio".
ExcluirBaita abraço.
Assim, de cá deste lado, o passeio não dá stress!!!
ResponderExcluir"Boto" abraço!
O nosso boto é metido a sedutor, Dom. Tem a lenda do boto.
Excluire temos o boto-cor-de-rosa, mas ele é bem macho! rsss