terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Quando me chamastes..

Olás...


Atenderei ao teu chamado
Para voar além-mar, céu azul, horizonte.
Para algum lugar.
Qualquer lugar, contigo, é o Paraíso.
Porém, siga em frente.
Seja o meu rumo, minha direção.
Deixe marcas desse voo,
Conduza o meu coração.
Acompanhar-te-ei em breve.
Agora,  aquieto-me, como a águia.
Revejo meus atos, mudança necessária.
Estou reclusa, refletindo sobre mim.
Espere-me nesse lugar tão sonhado por ti.
Nele me imagino te encontrar.
Por enquanto, estou frágil para voar,
Sem forças para agarrar meus desafios.
Hoje, o sofrimento fez-me curvar,
Tornando meu corpo pesado.
Como a tua gaivota, também alcei muitos voos.
Foram tantos, sem pedir socorros.
Mas, por enquanto, reclusa, deixe-me ficar.
Alcançar-te-ei brevemente,
Quando menos esperares, estarei à frente.
Preparando-te um lugar perfeito
Para nossos poemas, livres,
Sentirem a liberdade e poderem gritar.
Vou morrer um pouco, é preciso!
Porque viver não é tão preciso,
Como afirmam os mortais.
Siga... voe o quanto puderes.
Encontre-me no alto da montanha.
É lá que farei nosso ninho.
Quando lá eu chegar, e te encontrar,
Faremos nosso voo, firme e pleno.
Então saberei...
Que sou feliz!


Imagem: Internet

Em resposta ao belíssimo poema O Chamamento da Gaivota, 
do poeta português, Vitor Costeira
*https://plus.google.com/+BlogueImagimagem)




Mamãe Coruja

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