Olás...
Daqui a
pouco tempo, haverá algum canto em nosso planeta que estará a salvo das conseqüências do aquecimento global? Eu não
saberia responder a esta pergunta sem
as análises dos especialistas.
Mas mesmo
eles – ou boa parte deles – estão prevendo que as mudanças climáticas já estão
batendo à nossa porta: já sentimos que está mais quente, que os animais migram
(ou desaparecem), oceanos estão subindo e as catástrofes têm sido recorrentes.
Neste
cenário, há uma linha tênue entre o que seria essa transformação natural e
aquelas causadas pelo Homem. Se paramos para analisar essas mudanças, resta-nos
pouco provável que a Mãe Natureza, sozinha, causaria tantos estragos. As atividades industriais têm parcela de
culpa. A destruição das florestas, pela busca do agronegócio maior parcela,
ainda. Esta, na minha opinião, é mais danosa ao Planeta.
O Homem ainda consegue
inventar, para si, mecanismos de proteção
– eficazes não sei até quando. Mas o desaparecimento de várias espécies
(animais irracionais(?) e vegetação)
jamais será recomposta, e eles não têm outra alternativa a não
ser...desaparecer.
Os animais
são retirados de sua rotina, devido às mudanças climáticas. Prova disso é o
ocorrido há pouco tempo, na Rua Efigênio Sales, em Manaus. O local, onde foi
construído um condomínio de luxo, era de
vegetação densa. Foi totalmente substituído pelo concreto armado.
Periquitos nas palmeiras - Rua Efigênio Sales. |
Acuados em seu habitat, eles invadem as cidades. |
Essa rotina não escolhe lugar para ser
alterada. Sou fascinada por borboletas. São soltas, coloridas, voam caladas. Li, certa vez, que a borboleta Heodes tityrus, que vivia em Barcelona há algumas
décadas, agora só pode ser encontrada em uma região 100 quilômetros ao norte.
Para quem não sabe, quando elas desaparecem de um
trecho qualquer da mata, é sinal de que alguma coisa muito grave está
acontecendo com aquele ecossistema.
Mas o homem ainda não aprendeu a ouvir
esses alarmes.
Aqui no Brasil, já falta pouco para que
tenhamos a nossa primeira borboleta extinta pela ação desenfreada dos
predadores humanos do meio ambiente. Ela se chama Parides ascanius, e sempre
habitou uma faixa estreita e curta do litoral do Rio de Janeiro, justamente a
área do litoral brasileiro que mais vem sofrendo os efeitos da voracidade
imobiliária que abocanha praia após praia. De asas negras, listradas de branco
e grená, essa borboleta é habitante dos mangues e das matas litorâneas. Suas
larvas alimentam-se com as folhas de uma trepadeira silvestre, a Aristalochia
macroura, uma planta rara e venenosa.
Até o Homem tem ido para outros cantos em busca de melhores condições de vida. A questão é que ele destrói aquele espaço em que viveu e vai à procura de outro.
Dizem os entendidos, também, que o Mundo, desde que é Mundo... viveu todas essas situações... e resistiu.
Resistiram todos?
Mamãe Coruja
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