terça-feira, 9 de dezembro de 2014

<--- Chegadas e Partidas --->

Olás...

Mais uma vez.
Passaste por aqui e fostes em outra direção. 
Pela segunda vez, em pouco tempo, tuas passagens têm sido rápidas. 
Quando retornas... mais rápidas, ainda. 
Para longe, de novo, tu alças voo.
E volto,  acompanhada do choro que não ouso conter, 
Sem (quase) ninguém perceber, abafo a saudade no travesseiro.
Aqui te espero (na verdade, te esperamos). 
Sento, pacientemente, e te  espero.
Vigio as horas. Controlo o corpo. Fico incapaz.
Não importa a hora do voo, levo-te ao Aeroporto, 
Aproveito cada segundo da tua presença, junto a mim.
Ou de ficar à tua espera,  quando regressas.
Adoro conversar contigo, porque nos entendemos bem. 
Em qual direção tu  fores, minha saudade será  sempre a mesma: imensa.
Fico contigo até entrares na Sala de espera do Aeroporto.
Até que digam que o avião irá decolar.
Daqui há alguns dias, regressas.
Adoro ler o aviso do voo no pátio:
Sinal de que já em pouco segundos te abraçarei.
Do contrário, entristeço-me ler o aviso de que já irás...
Seja o que for, definitivamente,
Fico contigo, sempre.
No meu coração sempre estarás. 


Saguão do Aeroporto Internacional Eduardo Ribeiro




Mamãe Coruja

6 comentários:

  1. Mãe, que lindo! Comecei a chorar lembrando do Victor e da vovó.
    Beijos

    ResponderExcluir
  2. Ainda bem que entendeste a minha espera.
    Chorar faz bem...sinal de que ainda nos sensibilizamos com o que acontece à volta.
    Infelizes aqueles que são incapazes de verter uma lágrima sequer, porque certamente choram por dentro... e,muitas das vezes, a dor assim ainda é mais latente e ferina.

    Bjs...minha rainha linda.

    ResponderExcluir
  3. O mãe, essa foi para o manao. Texto lindo.
    Bjs.

    ResponderExcluir
  4. Sim. Foi para ele. Há pouco lá se foi, de novo. Úcha quase "alaga" o Aeroporto,de tanto chorar.
    Amo você...ontem no jantar, sentimos muito sua falta. Sabem bem que quando nos reunimos...é risada na certa.

    ResponderExcluir
  5. Olá, amiga. É sempre bom apercebermos o que já julgávamos saber: a sensibilidade, que norteia tudo quanto a vida nos mostra, em cada cenário (e sempre tão diversos e múltiplos eles são...).
    Há um tempo para a saudável galhofa e um outro para um aperto no peito e, afinal, a origem é a mesma, como, aliás, deve ser.
    Ainda te ouviremos, por cá, dizer um teu poema! ;-)»
    Beijos.

    ResponderExcluir
  6. Nem imaginas o tanto de alegria em te saberes aqui, OrCa.
    Desfrutar de tua valiosa companhia, neste blog,é privilégio de poucos.
    Agradeço imenso a oportunidade em ter te "conhecido".
    Seria a glória ouvir os teus poemas, aí, do outro lado do Atlântico.
    Nada como o amanhã, para os sonhos serem realizados.
    Que os dias do Ano que se inicia sejam plenos de muita poesia... e Paz.
    Beijos

    ResponderExcluir