segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Aposentadoria




Quando a ideia da aposentadoria começa a  povoar  nossos pensamentos,  milhões  de  planos  começamos a  fazer, desde aqueles  mais  simples, como  não  fazer nada que nos  lembre a  palavra  “trabalho”, como até se embrenhar por um novo empreendimento e vislumbrar outros  rumos  no  mercado  de  trabalho.



O termo aposentadoria refere-se ao afastamento remunerado que um trabalhador faz de suas atividades após cumprir com uma série de requisitos estabelecidos em cada país, a fim de que ele possa gozar dos benefícios de uma previdência social e/ou privada (isso depois de quase 6 décadas de  vida, mas para muitos ainda será um recomeço).



Quem disse, no entanto,  que aposentar e envelhecer  são  sinônimos de ociosidade, e que a partir dali  devemos adotar a clássica  imagem do velho de pijama, sentado na poltrona da sala, sem fazer qualquer esforço, sem andar e nem sequer ir à porta da casa, ou a  mulher (avó e  bisavó)   ficar o dia todo a  cuidar dos netinhos? Essa história ficou no passado para muitos,  felizmente.



Não é raro nos depararmos  com  pessoas  com  idade  acima  dos  60 anos aparentando mais  jovialidade do  que  muitos com 40 anos, que se mostram bem apáticos. O idoso que busca prazer, realização pessoal e alegria de viver depois da aposentadoria,  vive mais e melhor. É o que dizem e afirmam continuamente os especialistas: o envelhecimento ativo conduz ao envelhecimento saudável.



E sabem o que mais? Não temos data  precisa para morrermos -  a não ser cometendo suicídio (o que não é o caso). Se vamos chegar   até os 60, 65, 70, 80  anos -  porque a tendência de crescimento da população com mais de 60 anos é se manter constante, no Brasil -,  temos  que planejar  nossa velhice, sim, porque o  aumento da expectativa de vida do brasileiro é um fato comprovado pelos censos anuais. Atualmente, vimos pessoas com 80 anos produzindo intelectualmente, e  são  vitórias  alcançadas com o desdobramento de uma série de conquistas e não apenas  médicas.


Foi-se o tempo em que geriatras aconselhavam as pessoas de mais idade a fazer repouso. Porém, a hora  de aposentar – que  por  muitos anos  nos pareceu desejável – na prática pode ser  frustrante. O  segredo está em não se entregar ao ócio, não  parar. Atualmente, com o envelhecimento da população, sair do mercado aos 60 anos tornou-se algo prematuro e angustiante. É uma mudança que implica redução da renda, sensação de ociosidade e de perda de importância social, o que pode abalar profundamente a autoestima.


Por isso reafirmo: planeje a aposentadoria com bastante antecedência. O ideal é ter um projeto em mente para ser executado após  essa  fase:  uma  atividade voluntária, ou até mesmo um grande empreendimento rentável. Por que não?


Exemplo de quem bem planejou a aposentadoria é uma ex-colega de trabalho. Antes de efetivamente se aposentar, ela e o marido investiram em um empreendimento  ousado: a construção de uma Pousada(ver  fotos abaixo) em Belterra/Pará, a terra natal de ambos. 

Retornaram às origens e lá começaram esse negócio. O investimento no projeto teve início 10 anos antes de se aposentarem, e tudo foi sendo realizado com calma e equilíbrio financeiro. Mas tinha um objetivo, nunca se desviaram do foco, mesmo com  atividades paralelas. Logo no  início,  a maioria das pessoas não entendia como alguém poderia investir num  lugar que não demandaria clientela. Mas é um negócio que deu certo, e certamente não mudaram o nome para “Jaque”, após aposentados. 


A maioria dos aposentados  reclama disso: a mudança de nome. Os filhos e netos pensam que pais, aposentados, já não estão a fazer “nada” e começam  a ocupar aqueles que passaram a vida trabalhando, para resolverem seus problemas. Aí dizem: “Pai, já que não estão fazendo nada, você pode pegar meu filho na escola?”; “Mãe, já que a senhora agora está aposentada, vou dispensar a babá e trazer meus filhos para a senhora cuidar, porque é mais confiável”.


Ora, como se não tivessem trabalhado e enfrentado os mesmos problemas!!! Querem, agora, é curtir o descanso  merecido, sem patrões, sem regras, sem engolição  de sapos. E estão com toda a razão.


Mas personagens desta história real não mudaram de nome. Mudaram, sim, de atitudes. Provaram que a vida produtiva pode ser muito mais extensa do que dizem as estatísticas.


A Pousada Juvência (veja fotos abaixo) está em funcionamento há 8 anos,  em Belterra/Pará, e foi abrindo espaço e portas para quem almeja passar uma tranquila temporada próximo às margens do Rio Tapajós. No café da manhã o hóspede pode saborear um cardápio à base do que é produzido no próprio pomar (ranbutan, mamão, carambola, goiaba, manga, goiaba-pera, araçá-goiaba), além da boa macaxeira. Tudo orgânico, mas com um  adubo bem especial:  o carinho como as fruteiras são cuidadas pelo “seu Zé”. A esposa dele, conhecida como “Dona Rob”,  a grande empreendedora do projeto, tem como tarefa administrar a Pousada. 


Para chegar à Pousada Juvência a opção é por ônibus ou táxi. O turista chega até Santarém/Pará, via aérea. Pode pegar ônibus (passa ao lado do Colégio Santa Clara, em Santarém), de 1 em 1 uma hora. De Belterra a Santarém os ônibus saem de 20 em 20 minutos,em média. A passagem até Belterra custa apenas R$4,00 (quatro reais). Chegando ao aeroporto  de Santarém o turista pode obter informações sobre a Pousada com os taxistas (todos transportam turistas até à Pousada, diariamente).


A Pousada oferece, além do  delicioso café da manhã: área de lazer (piscina), onde são realizadas, no verão, as serestas. Pode apreciar um tanto da Natureza em 8.800 metros quadrados de área verde, totalmente gramada, com 42 espécies de fruteiras, todas identificadas com  nome científico (uma verdadeira aula de botânica a céu aberto). Dispõe de um “redário” para o hóspede deixar de lado a tradicional cama e experimentar descansar em uma rede, apreciando a bela paisagem da Pousada. Há dinheiro no mundo que pague esse prazer? Não há!


Excepcionalmente, o “seu” Zé leva os hóspedes para conhecerem as maravilhosas e ainda quase intocadas praias do Pindobal, Porto Novo, Aramanaí e Cajutuba. A Pousada dispõe de uma lancha. Todas as praias  distam da Pousada apenas 20 minutos, de carro. 


Para  almoço e jantar o turista que visita Belterra nem precisa se preocupar. O Restaurante  Miralha, localizado no Centro de Belterra, Estrada 1, é dos melhores, e fica a 300m da Pousada, podendo ir a pé ou até mesmo de bicicleta. Mas caso  tenha preferência por deliciosos sucos e salgados, o turista pode conhecer a Pizzaria KiBeleza, aberta até a zero hora (meia noite).  Fica bem perto  da Pousada.

Quem adora conhecer a história do lugar que visita, acrescento que  moradores de Belterra têm muito a contar. Fundada pela Ford em 1933, é uma daquelas cidadezinhas que dá vontade de passar o resto da vida morando nela. Vida calma, lugar muito agradável. Mantém as características de uma cidade americana, arborizada com belas praças e parques e ainda abriga grande parte da Floresta Nacional do Tapajós. 

Conheça Belterra! Agora você  temexcelente local  para ficar  hospedado. Agende sua passagem e não deixe de reservar logo sua presença,   pelos fones:  (93) 3558-1607 e (93) 91973011.

Mamãe Coruja









4 comentários:

  1. Aposentadoria é uma conquista! Durante 35 anos trabalhei, estudei, construí uma família...acredito que cumpri o que me era solicitado e criei alternativas pra que meu rendimento fosse melhor...mas eu pensava...ah, quando me aposentar vou ser dona do meu tempo, vou ao médico sem "pedir permissão", vou ter a minha liberdade e posso dispor e fazer o que quiser. Planejei ter saúde pra "curtir" esse momento. Desde cedo ia periodicamente a médicos e chegou finalmente o dia que eu sairia da empresa...e também me preparei pra ser "ignorada" pelos colegas (porque depois que a gente se aposenta, fica à margem dos acontecimentos da empresa). Penso que em cada empresa deveria desde cedo ter o cuidado de ajudar seus futuros aposentados, fazendo reuniões, conversas, troca de experiências de quem saiu aposentado e os que ainda vão sair. Convivi com pessoas que ao sair da empresa se sentiram inúteis diante da vida que deveriam seguir e a depressão chegou rápido. Outros não sabiam o que fazer e adiavam este momento e aos 70 anos tinha que ser cumprida a regra da "expulsadeira', e acompanhei esses momentos que eram tristes pra essa pessoas que se agarravam a qualquer pretexto pra ficar.
    Portanto eu vi e senti todos esses momentos e me preparei psicologicamente pra viver melhores momentos. Hoje posso dizer que valeu a pena...uso meu tempo, sou "livre" e ocupo meus dias com coisas positivas porque é estando vivo que podemos voar, acho legal sair sem hora pra voltar. Caso economize, dá pra viajar, também ver pra ver por-do-sol, voley, ver olimpíadas, caminhar, fazer artesanato e agradecer a Deus por ainda ter pernas, braços, olhos pra ver tanta beleza...acredito que vale a pena cuidar da vida, porque ela é única. Nada contra com quem acha que ainda pode trabalhar por conta própria, mas também ter o cuidado de saber se o que faz o deixa feliz!

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    1. Belo depoimento. Em cada palavra um foco de verdade. Sim, as empresas deveriam preparar melhor seus colaboradores para essa tão difícil fase. Também presenciei e presencio essas queixas, e vi também muitas pessoas sem saberem muito o que fazer após a aposentadoria.
      Concordo que cada um deve procurar o que melhor lhe convém/satisfaz. Como você comentou... optou por se desgarrar dos compromissos mais pesados e viver "livre", fazendo do seu tempo o seu prazer pessoal. Mas isso é privilégio de poucos, acredite. Infelizmente, alguns sequer conseguem viver (?) com a tal renda da aposentadoria. Enfim, o tema não se esgota aqui. Decerto daria uma boa hipótese para as teses e dissertações.
      Quando aposentar quero ser como você... !

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  2. Muito legal, temos que visitar este local! terrinha boa..é o que dizem!

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    1. Programar-se é a solução. Fazer e realizar os planos quando puder e der vontade, é a melhor receita para saber viver o que a vida nos apresenta (com responsabilidade, claro). O amanhã é imprevisível.

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