Olás...
É comum
citarmos frases de pessoas, como de filósofos, romancistas, escritores em
geral, cientistas, ou de grandes personagens da História. Essas frases acabam
se firmando e sendo citadas, de geração em geração, como absolutas.
De William Shakespeare, por
exemplo, são muitas as frases comumente transcritas em discursos, trabalhos
acadêmicos, peças de teatro e em tantos outros meios. Particularmente, ouso
discordar de algumas.
As frases ditas
levaram em conta, no meu entendimento empírico, o estado de espírito, o grau de
discernimento, o humor e o meio ambiente no qual o indivíduo – autor das frases
– estava sujeito àquele momento. É o mesmo que uma pessoa
bilionária dizer, por exemplo: "Levo a vida que pedi a Deus”. Já uma pessoa desprovida de qualquer situação financeira irá dizer: “Seja o que Deus quiser”.
Na frase “choramos ao nascer porque chegamos a este
imenso cenário de dementes”, considerando o conceito de demência como sendo a perda ou redução
progressiva das capacidades cognitivas (ato ou processo da aquisição do
conhecimento), Shekaspeare está a afirmar que temos todos um tanto (ou tudo) de
demência. As pessoas, em sua maioria, ao contrário do que disse o poeta e
dramaturgo inglês, são capazes, sim, de uma vivência sadia. O choro, até cogito
pensar na hipótese, pode ser causado por esse “impacto” entre o “mundo” no qual
ficamos por 9 meses (ou menos, nos partos prematuros) e o Mundo para o qual
viemos, totalmente distintos, em todas as suas concepções.
Mas
o choro dos bebês não quer transmitir algo mais forte, como dor? E por que não
admitirmos, que alguns métodos adotados para o nascimento não é uma provação dolorosa?
Por que não refletirmos sobre o fato de que os sentidos do recém-nascido são
violados de todas as formas, daí a dor, daí o choro?
Dias
desses assisti a uma matéria, na TV, sobre partos feitos na água. Surpreendente a expressão
de
bebês sorridentes, o que tem reforçado a
impressão de que o nascimento pode ser prazeroso e que não é regra que o bebê,
com o nascimento, adentre neste “imenso cenário de dementes”.
Mamãe Coruja
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