"O coração tem suas razões, que a própria razão desconhece". Há paradoxos nessa frase? Até pode ser que sim, vinda de quem veio, um homem que deu muito valor à ciência, era físico e matemático, além de escritor, o francês Baile Pascal.
O sentimento do amor tem suas razões, e faz perdermos a razão, quando deixamos que a emoção nos domine. O amor leva para muito longe alguém que muito amamos, porque esse alguém, também por amor, vai em busca de sua felicidade. A razão diz que é para ficar, mas o amor determina que é para ir. E vão!
É nesse momento que devemos escutar as razões do coração: se nosso amor for mesmo verdadeiro (toda forma de amor, até de pais para com seus filhos e vice-versa), deixemos que esse alguém se vá, embora a dor da ausência doa tanto, que a razão - já não desconhecida - volte insistentemente a lembrar.
A despedida é um misto de alegria, tristeza e saudade até na presença. Mas o tempo, porém, vai ajustando as noites doídas, o espaço vazio, o silêncio da voz. Você se contenta que o amor fez a diferença, que a felicidade desse alguém é que vale a ausência, em busca do que determinou também meu coração...tempos atrás.
A distância entre as pessoas que se amam é que não deveria ser tão extensa. Deveria ser assim, como num pensamento, bastando fechar os olhos para se tentar tocar, falar...e poder dizer quanto se ama aquela pessoa, tão distante.
Isso, dizem, é a lei natural da vida. Criamos relações ao nosso entorno, a elas nos apegamos e delas nos separaremos. Para que questionar o mistério do amor, afinal? Só nos resta torcer para que a razão prevaleça, que a felicidade jamais arrefeça, e que sempre estejamos de braços abertos para receber, sempre mais um, fruto daquele amor.
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