Brasil e Portugal. Chico Buarque e Rui Guerra. Que amor antigo! Essas terras têm muito em comum. Ontem, ao escutar Chico - e em especial Fado Tropical - quis compartilhar beleza de letra e arranjo.
http://www.youtube.com/watch?v=NfjaFMah7sE
Oh! Musa do meu fado,
Oh! Minha mãe gentil,
Te deixo consternado
Te deixo consternado
No primeiro abril.
Mas não sê tão ingrata,
Mas não sê tão ingrata,
Não esquece quem te amou.
E em tua densa mata,
E em tua densa mata,
Se perdeu e se encontrou.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental.Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo (além da sífilis, é claro). Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatinga,
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
"Sabe, no fundo eu sou um sentimental.Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de lirismo (além da sífilis, é claro). Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar, meu coração fecha os olhos e sinceramente chora..."
Com avencas na caatinga,
Alecrins no canavial,
Licores na moringa
Licores na moringa
Um vinho tropical
E a linda mulata
E a linda mulata
Com rendas do Alentejo
De quem numa bravata,
De quem numa bravata,
Arrebato um beijo.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
"Meu coração tem um sereno jeito.E as minhas mãos o golpe duro e presto. De tal maneira que, depois de feito, desencontrado, eu mesmo me contesto. Se trago as mãos distantes do meu peito, é que há distância entre intenção e gesto. E se o meu coração nas mãos estreito, me assombra a súbita impressão de incesto.
Quando me encontro no calor da luta, ostento a aguda empunhadura à proa. Mas o meu peito se desabotoa, e se a sentença se anuncia bruta, mais que depressa a mão cega executa, pois que senão o coração perdoa."
Guitarras e sanfonas,
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal.
"Meu coração tem um sereno jeito.E as minhas mãos o golpe duro e presto. De tal maneira que, depois de feito, desencontrado, eu mesmo me contesto. Se trago as mãos distantes do meu peito, é que há distância entre intenção e gesto. E se o meu coração nas mãos estreito, me assombra a súbita impressão de incesto.
Quando me encontro no calor da luta, ostento a aguda empunhadura à proa. Mas o meu peito se desabotoa, e se a sentença se anuncia bruta, mais que depressa a mão cega executa, pois que senão o coração perdoa."
Guitarras e sanfonas,
Jasmins, coqueiros, fontes
Sardinhas, mandioca,
Sardinhas, mandioca,
Num suave azulejo
E o Rio Amazonas
E o Rio Amazonas
Que corre Trás-os-Montes,
E numa pororoca,
E numa pororoca,
Deságua no Tejo.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
Ainda vai tornar-se um império colonial.
(grifos meus)
Só falta o Mondego :O)
ResponderExcluirTens razão! para minimiza a injustiça... incluirei o Rio Mondego na estrofe abaixo:
ResponderExcluirGuitarras e sanfonas,
Jasmins, coqueiros, fontes,
Índios e alguns fados
Nos fazendo um dengo.
E o Rio Amazonas,
Que corre Trás-os-Montes,
E numa pororoca,
Traz o Rio Mondego.
Ai esta estrofe nunca mais vai ser igual,
Àquela cantada outrora em Portugal.
:-(
Ai, esta terra ainda vai cumprir seu ideal.
ResponderExcluirAinda vai tornar-se um poema bestial.
;O)