O
mais novo “Cidadão de Manaus” já está na região amazônica há bastante tempo,
desde 1976. O general do Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, comandante
militar da Amazônia, obteve o título na quarta-feira (dia 26/03), numa justa
homenagem realizada na Câmara Municipal de Manaus, pelo reconhecimento à
dedicação de grande parte de sua vida na defesa do maior patrimônio existente
para o mundo, a Amazônia, e pelo genuíno amor que demonstra por nosso grandioso
Estado, fazendo deste a sua morada. Um exemplo de profissional.
“Toda esta floresta, os seus povos e a
sua cultura são um patrimônio não apenas brasileiro, mas da humanidade. E
também é um exemplo para um mundo melhor e mais responsável. Em nenhuma outra
região do país há a integração entre o homem e a natureza encontrada aqui nesta
região”. Com essas
palavras, o general demonstra o respeito para com a nossa gente.
O áudio
do discurso (emocionado) do general pode ser encontrado no link abaixo:
Mas
algumas de suas frases vale aqui o registro:
“Sou caboclo do Amazonas, essa terra é nosso
lar”;
“Me sinto pequenininho. Sei que quem está
sendo homenageado é o Exército. Obrigado a todos, aos vereadores e ao prefeito
pela sua visão de estadista fazendo um grande trabalho em Manaus”;
“Obrigado
Manaus pelo reconhecimento ao trabalho de integração do Exército. Sinto-me
filho de Manaus desde que cheguei aqui, em 1976. Foi a cidade em que mais tempo
passei, pois fui tocado pela magia do encontro das águas, da toada, da vida
simples, patriota e empreendedora do povo amazonense”.
Não
é fácil estar no Comando de uma das áreas mais extensas do Planeta, monitorando
uma área de 5,2 milhões de km2. A Amazônia, que é considerada área de maior
biodiversidade e local da maior bacia hidrográfica de água doce existente. Todo
esse tempo, o Brasil e especialmente nós, desta Região, estivemos sob os olhos
vigilantes do Comando Militar do Amazonas (CMA), tendo à frente o general
Eduardo Villas Bôas, considerado um dos maiores especialistas sobre o tema.
É
sabido que a Região Amazônica, considerando a dimensão e a variedade dos problemas, sob o ponto de vista geográfico e
humano, concentra recursos de toda ordem, cujos valores são incomensuráveis. No
entanto, apenas uma pequena parcela desse ambiente natural é conhecida e, por
conseguinte, pequena é também a parcela que tem aproveitamento comercial.
Esse
espaço encantado é tão imenso, que seu território representa o equivalente a 14
países da Europa. E é este maior ecossistema do planeta que está sob os
cuidados de homens do Exército brasileiro. Pela extensão
e a grandiosidade de riqueza que nos cercam, não seria nada mal o
Exército aumentar o seu efetivo nessas áreas, especialmente naquelas fronteiras. Afinal, esses corajosos homens são
os nossos olhos e ouvidos na defesa desse território.
Não
se trata somente de preservar e proteger a soberania do espaço geográfico. A
preservação da Amazônia é uma responsabilidade de todos nós, perante esta e
futuras gerações e perante o mundo. Precisamos manter a nossa influência sobre
uma das regiões para a qual têm sido levantadas bandeiras de todos os cantos,
ensinando-nos a cuidar e a legitimar nossa economia. Não é raro ouvirmos os chavões
internacionais de que a Amazônia não é do Brasil, mas de todo o planeta,
Chavões dos países que exercem seu domínio sobre as nações que possuem riquezas
que lhes interessam, como as da Amazônia. Chavões de países que destruíram as
suas florestas, mas agora querem nos ensinar como conservar as nossas.
Precisamos cuidar muito bem, no entanto, desse
grandioso patrimônio, para não darmos argumentos a que outros, pretensamente,
intervenham em nossos assuntos.
Para
quem ainda não sabe, e espero que este blog contribua em disseminar importante
informação, em Manaus está localizado o Centro
de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), com mais de 50 anos de existência.
Sargentos e oficiais, formados pelo CIGS, gerenciam os diversos pelotões de
fronteiras. Estes, estrategicamente estão espalhados ao longo do limite
geográfico com nossos países vizinhos.
O CIGS tem uma história e tanto. Já formou milhares de guerreiros de selva,
dentre estrangeiros. O curso é conhecido pelos níveis extremos de exigência
física e é tido como a melhor escola de guerra na selva do mundo.
O general Villas Bôas deixará Manaus, mas
certamente voltará. Aqui deixa raízes familiares. Daqui já saboreou o jaraqui,
como menciona no seu discurso.
Só temos a agradecer pelo excelente trabalho na
defesa de nosso território amazônico.
Mamãe Coruja
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